Retornei à Igreja aos 17 anos, em 1989. Digo retornei, porque já havia recebido todos os Sacramentos da Iniciação Cristã e logo após, parei de frequentar.
Porém, desde que voltei a participar, não parei mais. Santas Missas, retiros, missões, vigílias, cursos de formação... uma vida cristã-católica bem intensa. E, nesses mais de 30 anos de vivência na Igreja, não tenho a menor dúvida em afirmar que o maior tesouro que recebi de Deus, através de sua Igreja, foi a consciência, a certeza que Jesus está vivo e presente na Santíssima Eucaristia.
Que coisa maravilhosa olhar para aquele pequeno pedaço de pão consagrado e saber que ali, diante dos meus olhos, muitas vezes ao alcance das minhas mãos, está o Filho de Deus, que se fez homem e se entregou por mim na cruz. Poder olhar a Hóstia Consagrada e saber que ali está o Senhor Jesus é algo que ultrapassa qualquer tentativa de compreensão da minha humanidade e que me faz pensar: Que amor é esse, que quis ficar presente aqui, pertinho de mim, escondido na simplicidade de um pedacinho de pão? Que amor é esse?
Durante quase oito anos, enquanto trabalhava na Rádio Fraternidade e na Fundação Fraternidade, tive a oportunidade de adorar Jesus na Eucaristia diariamente. Quanto crescimento espiritual e humano neste tempo! E quanta saudade...
É algo difícil de descrever, mas é, de fato, uma alegria imensa quando, na Santa Missa, na hora da consagração, posso estar ali, como um dos doze que estavam com ele, e participar daquela mesa sagrada. Quase inacreditável, quando o sacerdote mostra a hóstia consagrada e diz, como João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. E eu estou ali, vendo e ouvindo tudo. Vem uma inabalável certeza: É o Senhor! Que alegria! Que graça maravilhosa! Quanto amor!
E isso é, sem dúvida, como disse acima, meu maior tesouro espiritual! Sem o menor merecimento, sem a menor chance de ter feito algo que justificasse isso. Apenas dom gratuito e misericórdia de Deus.
É fantástico poder olhar a Hóstia Consagrada e dizer, como João disse a Pedro na beira do lago, sem medo de errar, sem a menor sombra de dúvida: É O SENHOR!
Por Alexandro Esgarribia,
Membro da Paróquia São Martinho, pregador e Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão.
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