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MENSAGEM DE LEÃO XIV PARA O IX DIA MUNDIAL DOS POBRES


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Neste 16 de novembro de 2025, é celebrado o IX Dia Mundial dos Pobres. O Papa Leão XIV iniciou sua mensagem para este dia lembrando passagens bíblicas que se podem resumir no v. 5 do Sl 71: Tu és a minha esperança, ó Senhor Deus (cf. Sl 71,5). São palavras que emanam de um coração oprimido por graves dificuldades, mas cujo espírito está aberto e confiante, porque, firme na fé, reconhece o amparo de Deus.

 


Fundamentado em Paulo (Rm 5,5), o Santo Padre afirmou que a esperança em Deus não decepciona, o Deus vivo é, verdadeiramente, o «Deus da esperança» (Rm 15, 13).


 

Recordou o Pontífice que o pobre pode tornar-se testemunha de uma esperança forte e confiável, precisamente porque professada numa condição de vida precária, feita de privações, fragilidade e marginalização.


 

Depois, sublinhou que a pobreza mais grave é não conhecer a Deus. É uma regra da fé e um segredo da esperança: embora importantes, todos os bens desta terra, as realidades materiais, os prazeres do mundo ou o bem-estar econômico não são suficientes para fazer o coração feliz. É ilusão pensar que não precisamos de Deus e conduzir a nossa vida independentemente dEle.


 

E porque a esperança cristã não depende da força humana, mas da promessa de Deus, que é sempre fiel, ela é uma certeza.  


 

A seguir, o Papa explicou que esperamos novos céus e nova terra, uma vida eterna. Consequentemente, a cidade de Deus compromete-nos com as cidades dos homens, que, desde agora, devem começar a assemelhar-se àquela. A esperança, sustentada pelo amor de Deus derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo (cf. Rm 5, 5), transforma o coração humano em terra fértil, onde pode germinar a caridade para a vida do mundo.


 

Por isso, o convite bíblico à esperança traz consigo o dever de assumir, sem demora, responsabilidades coerentes na história. Com efeito, a caridade é «o maior mandamento social» (Catecismo da Igreja Católica, 1889). A pobreza tem causas estruturais que devem ser enfrentadas e eliminadas. Para que isso aconteça, todos somos chamados a criar novos sinais de esperança que testemunhem a caridade cristã, como fizeram, em todas as épocas, muitos santos e santas.


 

Os pobres não são um passatempo para a Igreja, mas sim os irmãos e irmãs mais amados, porque cada um deles, com a sua existência e também com as palavras e a sabedoria que trazem consigo, levam-nos a tocar com as mãos a verdade do Evangelho.


 

Concluiu, então, o Papa no sentido de que o Dia Mundial dos Pobres pretende recordar às comunidades católicas que os pobres estão no centro de toda a ação pastoral. Através das suas vozes, das suas histórias, dos seus rostos, Deus assumiu a sua pobreza para nos tornar ricos. Todas as formas de pobreza, sem excluir nenhuma, são um apelo a viver concretamente o Evangelho e a oferecer sinais eficazes de esperança.


 

Com efeito, ajudar os pobres é uma questão de justiça, muito antes de ser uma questão de caridade. Porque, como observou Santo Agostinho: «Damos pão a quem tem fome, mas seria muito melhor que ninguém passasse fome e não precisássemos ser generosos para com ninguém. Damos roupas a quem está nu, mas Deus queira que todos estejam vestidos e que ninguém passe necessidades sobre isto» (Comentário à 1 Jo, VIII, 5).

 


Finalmente, o Santo Padre expressou o desejo de que o Ano Jubilar possa incentivar o desenvolvimento de políticas de combate às antigas e novas formas de pobreza, confiando em Maria Santíssima, Consoladora dos aflitos, e com Ela entoando um canto de esperança:  Em Vós espero, Meu Deus, não serei confundido eternamente».


Deus abençoe você e sua família!

 
 
 

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