Conhecendo melhor a liturgia: a Sacrossanctum Concilium. Art. 1.
- Rejane Bins

- 7 de out.
- 3 min de leitura

VAMOS CONHECER ESTE IMPORTANTE DOCUMENTO DA IGREJA QUE É A SACROSANCTUM CONCILIUM?
Estamos começando uma série de artigos que pretendem resumir o primeiro documento do Concílio Vaticano II, promulgado em 4 de dezembro de 1963, chamado Sacrossanctum Concilium. Trata da liturgia, tão ligada a todos os fiéis, da qual querem participar ativamente. Por esta razão, é importante conhecerem o pensamento e as normas da Igreja a respeito.
O Concílio Vaticano II se propôs a fomentar a vida cristã entre os fiéis, adaptando o que fosse suscetível de mudança, promovendo a unidade e a todos chamando ao seio da Igreja.
O documento Sacrossanctum Concilium concentrou-se na Liturgia, pela qual “se opera o fruto da nossa Redenção”, na Igreja. A Liturgia, ao mesmo tempo que edifica os que estão na Igreja, fortalece-os para pregar Cristo até que haja um só rebanho e um só Pastor.
O capítulo I da Sacrossanctum Concilium trata de princípios gerais. No artigo de hoje, vamos nos deter na primeira parte do capítulo, sobre a natureza da sagrada liturgia e sua importância na vida da Igreja.
Recordando que Deus “quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (I Tim. 2,4), e que para isto enviou Seu Filho, o documento assinala que, assim como Cristo foi enviado pelo Pai, também Ele enviou os Apóstolos, cheios do Espírito Santo, para pregarem o Evangelho a toda a criatura, e para realizarem a obra de salvação, mediante o sacrifício e os sacramentos, à volta dos quais gira toda a vida litúrgica.
No dia de Pentecostes, a Igreja se manifestou ao mundo. Desde então, nunca mais a Igreja deixou de se reunir em assembleia para celebrar o mistério pascal, na Eucaristia, na qual se torna presente o triunfo e a vitória da morte de Jesus, dando graças a Deus pelo Seu dom inefável (2 Cor. 9,15) em Cristo Jesus.
Para realizar tão grande obra, Cristo está sempre presente na sua Igreja, especialmente nas ações litúrgicas. Está presente no sacrifício da Missa, na pessoa do ministro, e sobretudo sob as espécies eucarísticas. Está presente nos Sacramentos, de modo que, quando alguém batiza, é o próprio Cristo que batiza e assim por diante. Está presente na sua palavra, pois é Ele que fala ao ser lida, na Igreja, a Sagrada Escritura. Está presente, enfim, quando a Igreja reza e canta, Ele que prometeu: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles” (Mt. 18,20).
Com razão se considera a Liturgia como o exercício da função sacerdotal de Cristo. Nela, os sinais sensíveis significam e realizam a santificação dos homens; e o Corpo Místico de Jesus Cristo presta a Deus o culto público integral. É uma ação sagrada por excelência, cuja eficácia não é igualada por nenhuma outra ação eclesial.
Pela Liturgia da terra, participamos na Liturgia celeste e aguardamos o Salvador até a Sua volta.
Para assegurar esta eficácia plena, é necessário que os fiéis celebrem a Liturgia com retidão de espírito, unam a sua mente às palavras que pronunciam, cooperem com a graça de Deus.
Ao mesmo tempo, a participação na Sagrada Liturgia não esgota a vida espiritual. O cristão, chamado a rezar em comum, deve entrar também no seu quarto para rezar a sós ao Pai, deve rezar sem cessar. Daí terem sido recomendados pelos Padres Conciliares os exercícios piedosos do povo cristão, em conformidade com as leis e as normas da Igreja, tendo em conta os tempos litúrgicos, de modo que se harmonizem com a sagrada Liturgia, derivem dela, e a ela conduzam o povo.
Deus abençoe você e sua família!

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