Matias é um nome frequente entre os judeus e quer dizer “dom de Deus”. A igreja celebra São Matias em 14 de maio.
Foi ela quem o associou aos onze apóstolos, depois da traição de Judas Iscariotes.
Matias foi eleito apóstolo pela igreja de Jerusalém. Simão Pedro fixou os três requisitos para o ministério apostólico: pertencer aos que seguiam Jesus desde o começo, ser chamado e enviado:
“É necessário, pois, que, destes homens que nos acompanharam durante todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu no meio de nós, a começar pelo batismo de João até ao dia em que nos foi arrebatado, haja um que se torne conosco testemunha de sua ressurreição”.
A comunidade propôs duas pessoas para serem sorteadas, conforme relata o Livro dos Atos dos Apóstolos, cap. 1, v. 23: José, chamado Barsabás e cognominado Justo, e Matias. Matias foi escolhido e passou a contar entre os 12 apóstolos, como narra o versículo 26.
O Livro dos Atos nos revela, portanto, que Matias foi testemunha da vida pública de Jesus, Sua Paixão, Morte e Ressurreição (vv. 21 e 22). E também revela como Matias preencheu a segunda e a terceira condições colocadas por Pedro: ser divinamente chamado e enviado, o que se vê expresso pela oração do Colégio Apostólico ali reunido em Jerusalém:
“Senhor, tu que conheces o coração de todos, mostra qual destes dois escolheste”.
Segundo a tradição, Matias evangelizou na Judeia, na Capadócia e, depois, na Etiópia. Ele sofreu perseguições e provavelmente o martírio (segundo os Escritos Apócrifos). Teria morrido apedrejado e decapitado em Colchis, Jerusalém, permanecendo, portanto, fiel ao Cristo até o fim.
Normalmente, é representado com um machado ou com uma alabarda, que são símbolos da força do cristianismo e do seu martírio.
Há registros de que Santa Helena, mãe do imperador Constantino, mandou trasladar as relíquias de São Matias para Roma, onde uma parte está guardada na igreja de Santa Maria Maior. O restante delas se encontra na antiquíssima igreja de São Matias, em Treves, na Alemanha, cidade que a tradição diz ter sido evangelizada por ele e que o tem como seu padroeiro.
À grandeza de sua fidelidade, soma-se o chamado Divino para ocupar o lugar de Judas, do que podemos extrair uma lição:
Mesmo que, na Igreja, haja cristãos indignos e traidores, compete a cada um de nós equilibrar o mal que eles praticam com o nosso testemunho autêntico de Jesus Cristo Nosso Senhor e Salvador.
São Matias, rogai por nós! Deus abençoe você!
Fonte 1: Audiência Geral de 18/10/2006, praça de São Pedro. Disponível em: https://www.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/audiences/2006/documents/hf_ben-xvi_aud_20061018.html. Acesso em: 14 mai 2024.
Fonte 2: Canção Nova.
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