Conhecendo melhor a Sacrossanctum Concilium. Art. 3.

No Capítulo II do Documento Sacrossanctum Concilium, os Padres conciliares abordaram o sagrado mistério da Eucaristia.

Lembrando como o Salvador instituiu, na última Ceia, na noite em que foi entregue, o Sacrifício eucarístico do Seu Corpo e do Seu Sangue para perpetuar o Sacrifício da cruz pelo decorrer dos séculos, até Ele voltar, confiando à Igreja, sua esposa amada, o memorial da sua morte e ressurreição, explicaram os Padres que a Igreja procura que os cristãos não entrem neste mistério de fé como estranhos ou espectadores mudos, mas participem na ação sagrada, consciente, ativa e piedosamente, por meio de uma boa compreensão dos ritos e orações; que sejam instruídos pela palavra de Deus; alimentem-se à mesa do Corpo do Senhor; deem graças a Deus; aprendam a oferecer-se a si mesmos; que, dia após dia, por Cristo mediador, progridam na unidade com Deus e entre si, para que finalmente Deus seja tudo em todos.

Para isso, foi determinado o seguinte:

- A revisão do “Ordinário da missa”, a sua parte imutável, de modo a que se manifeste claramente a estrutura de cada uma das suas partes, simplificando-se os ritos, e restaurando-se, segundo a antiga tradição dos Santos Padres, alguns que desapareceram com o tempo.

- O uso mais abundante dos tesouros da bíblia, na mesa da Palavra de Deus, de modo que, dentro de um período de tempo estabelecido, sejam lidas ao povo as partes mais importantes da Sagrada Escritura.

- A realização da homilia, que é parte da liturgia, a qual não deve ser omitida sem motivo grave, nas missas dos domingos e festas de preceito.

- A restauração da “oração dos fiéis”, recitada após a homilia, para que, com a participação do povo, se façam preces pela santa Igreja, pelos que nos governam, por aqueles a quem a necessidade oprime, por todos os homens e pela salvação de todo o mundo.

- A recomendação da comunhão pelos fiéis como modo mais perfeito de participação na missa.

- A comunhão sob as duas espécies, conforme a Santa Sé e o Bispo.

- A necessidade de ouvir a missa inteira, especialmente nos domingos e festas de preceito, pois as duas partes da missa - a liturgia da Palavra e a liturgia eucarística - formam um só ato de culto.

- A possibilidade de ampliação da concelebração pelos sacerdotes, cabendo a regulamentação pelo Bispo na diocese.

Deus abençoe você e sua família!