Tradicionalmente no Brasil, o segundo domingo do mês de agosto é dedicado ao Dia dos Pais – data comercial que se difundiu no país no início do século XX vinda dos Estados Unidos. A comemoração foi criada pelo publicitário Sylvio Bhering no dia 14 de agosto de 1953, dia de São Joaquim – patriarca das famílias. A Igreja no Brasil estabeleceu agosto como o mês vocacional e o segundo domingo como o dedicado à vocação para a vida e a família, com atenção especial aos pais. A ideia é uma oportunidade de refletir sobre a paternidade na Semana Nacional da Família, que será celebrada este ano de 08 a 14 de agosto, com o tema “A alegria do amor na família.” (Texto extraído do Site da CNBB, www.cnbb.org.br).
Ao refletirmos sobre a paternidade neste segundo domingo de agosto, devemos nos lembrar de uma das perguntas que faz parte do Rito do Matrimônio: Estais dispostos a receber com amor os filhos que Deus vos confiar, educando-os na lei de Cristo e da Igreja?
Naquele momento, quando o noivo e a noiva responderam que sim, estavam assumindo, diante de Deus e da comunidade, exatamente isso, receber com amor os filhos que Deus lhes viria a confiar e educá-los na lei de Cristo e da Igreja. A paternidade (assim como a maternidade), é, antes de qualquer coisa, bênção e missão, e, assim como toda missão que Deus confia a nós, vem acompanhada das graças, dons e de todos os recursos de que necessitamos para bem cumpri-la, com a sua ajuda.
E é uma imensa alegria! Participar da obra de Deus de uma forma tão ativa, acompanhando o crescimento dos filhos e filhas, que também serão filhos de Deus através do batismo, é uma experiência maravilhosa, e devemos ser muito gratos ao Senhor por partilhar conosco esse grande privilégio.
Ao falarmos de pai, facilmente nos lembramos do pai adotivo de Jesus, o padroeiro das famílias: São José. Quando Deus enviou seu Filho ao mundo, o fez dentro de uma família, com mãe e pai, e confiou a José a proteção da Sagrada Família. É para ele que Deus fala quando quer alertar sobre algum perigo e também indicar para onde ele deve levar a mãe e o filho. São José é um belíssimo exemplo de pai dedicado, obediente e temente a Deus.
Certamente não serão pais todos os que lerem este texto, porém, somos todos filhos e tivemos um pai, ou alguém que representou a figura paterna para nós. Neste dia dos pais, nossa comunidade convida você a, se for possível, dar ao seu pai, não um belo e caro presente ou o churrasco do domingo, mas um bem muito escasso nesta era digital: tempo. Procure ficar um tempo com ele, converse, fale, escute, dê atenção, sem olhar para o relógio, apenas esteja com ele. Ame-o, independentemente de seus defeitos e limitações, e principalmente, deixe-se ser amado por ele, pois é nessa troca de amor que começamos a entender e perceber o infinito amor de Deus, que também é Pai, por nós. Se for preciso que um perdão seja dado, ou recebido, que seja neste dia, com a intercessão de São José. Faça esta experiência. Será com certeza, um dia dos pais muito especial.
Se, por algum motivo, não for possível o contato com seu pai, neste domingo reze por ele. Sua oração chegará ao coração misericordioso do Senhor e se converterá em graças abundantes.
Como dissemos antes, na sequência do dia dos pais, a Igreja celebra a Semana da Família. O Papa Francisco deseja que todas as famílias do mundo, inclusive aquelas em que a mãe é o pilar forte ou único sobre o qual se apoiam os filhos, possam experimentar “que o Evangelho da família é alegria que enche o coração e a vida inteira”. O presidente da Comissão para a Vida e a Família da CNBB, Dom Ricardo Hoepers, explica: “Queremos falar de uma alegria que brota do coração de cada lar cristão, como fruto do fortalecimento dos vínculos conjugais que unem os filhos e vencem juntos os obstáculos e as crises porque foram sustentados pela fé. Somente um verdadeiro amor pode trazer a alegria que vem de Deus“.
Deus abençoe você e sua família!
E, a todos os pais, um feliz e abençoado dia dos pais, na presença do Senhor!
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