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Pároco

    “Sou o padre Miguel Louzada de Almeida Martins Costa, nasci em Porto Alegre, no Hospital Beneficência Portuguesa no dia 01 de fevereiro de 1967. Cresci numa família católica, sou o irmão mais novo de nove irmãos. Destes nove, quatro estão falecidos, um faleceu no ventre da minha mãe, outro faleceu com 27 anos, e o conheci como meu irmão mais velho, e depois dele minha mãe deu à luz a gêmeas que viveram poucos dias. Perdi meu pai com 10 anos de idade, minha mãe é viúva desde então. Tive uma infância e adolescência normais, fiz todos os sacramentos, participava da missa dominical, de vez em quando me confessava, mas minha vivência cristã e relação com Deus ainda não eram maduras. Me formei em odontologia na PUCRS, depois fiz uma especialização na área dentística restauradora. Pensava em casar e ter filhos, nunca havia seriamente cogitado a ideia de me tornar padre.

“Tudo por amor a Cristo”

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"Estar na São Martinho é como voltar para a casa", diz Pe Miguel 

    Com o passar do tempo, trabalhando como dentista, passei por algumas dificuldades de relacionamentos, então, Deus entrou na minha vida de uma maneira muito concreta e sensível. Por volta dos 27 anos de idade, participei de um retiro em que senti de maneira especial o amor de Deus e isso mudou a minha vida. Assim, através da indicação de pessoas, comecei a participar da Paróquia São Martinho no final de 1993. Participava do grupo de oração Maranathá, fiz muitas amizades na comunidade, fui fazendo experiências profundas de Deus e o seu amor foi crescendo dentro de mim. Depois, comecei a namorar uma pessoa da comunidade e pensava em me casar.

    Certo dia, lendo e rezando um livro de Santa Catarina de Sena, Deus fez eu experimentar muito o seu amor pelas pessoas, isso me tocou muito. Após chegar em casa do trabalho, Deus colocou uma pergunta no meu coração: Se eu seria capaz de entregar a minha vida por esse amor, sendo padre. Aquilo foi uma grande surpresa para mim. Primeiro eu neguei, resisti bastante durante alguns meses. Mas Deus foi conduzindo pacientemente e foi me mostrando a beleza do sacerdócio. Depois terminei o namoro, comecei a me engajar mais na paróquia e aos poucos aquele chamado foi se confirmando.

    No final do ano de 1995, procurei o Pe. Picolli que também havia sido dentista e expressei meu desejo de me tornar sacerdote. Ele me encaminhou para o seminário. Lá, participei do encontro Kairós. Depois fiz um estágio pastoral na Igreja das Dores, Centro de Porto Alegre, ainda trabalhando no consultório dentário e na Secretaria Municipal da Saúde, cursando ainda algumas disciplinas de filosofia.

    No início de 1997, ingressei no Seminário de Viamão, deixei o emprego e me dediquei ao estudo teológico por três anos e um ano de estágio pastoral. No dia 04 de maio de 2001, fui ordenado diácono, e no dia 21 de dezembro de 2001, fui ordenado sacerdote na Paróquia São Luís Gonzaga, que é a paróquia mais próxima da casa da minha mãe. Escolhi como lema sacerdotal: “Tudo por amor a Cristo”.

    Minha primeira missa foi celebrada na Paróquia São Martinho, pois minha ligação afetiva era e é aqui. Sempre me senti em casa na Paróquia São Martinho, é uma família para mim, pessoas que me conhecem desde antes de eu ser padre, amizades de mais de 25 anos, sem contar a amizade com o Padre Ladislau, tudo que eu aprendi com ele, com sua maneira de ser e agir. Estar aqui é como voltar para a casa. Só que é engraçado, a gente volta para casa e agora tem que ajudar a coordenar e cuidar da casa de sua família, mas Deus está me ajudando.

    Nos meus primeiros dois anos como padre, 2002 e 2003, fui designado vigário da Igreja Nossa Senhora de Lourdes, em Porto Alegre, trabalhando junto com o Pe. Geraldo Hackmann. Em 2004, fui nomeado pároco da Paróquia Nossa Senhora do Conceição em São Sebastião do Caí. Foi uma experiência maravilhosa na minha vida sacerdotal, desenvolvi com a comunidade muitos trabalhos que existem até hoje. Foram quatro anos e sete meses tão intensos que valeram como dez, fundei com outros irmãos a comunidade Obra Nova, criamos uma fazenda para dependentes químicos, tantos frutos, amizades, missões, retiros.  Além disso, fui diretor espiritual do Seminário Maior de Viamão e atualmente sou o diretor espiritual do Seminário Menor de Gravataí dos seminaristas que estão no propedêutico.

    Os caminhos de Deus me trouxeram de volta para Porto Alegre no meio desse trabalho em São Sebastião do Caí. Foi dolorosa a mudança inicialmente, mas estamos aqui para servir. Devido a criação da Diocese de Montenegro, Dom Dadeus Grings me chamou de volta a Porto Alegre e me intitulou pároco da Paróquia Nossa Sra. do Caravaggio. A experiência na Nossa Sra. do Caravaggio foi também maravilhosa, diferente de São Sebastião do Caí, foi um crescimento em outras áreas da minha vida, organização pastoral, administrativa, espiritual, tenho grandes amigos e também membros da Obra Nova lá. Depois de 11 anos e quatro meses na Nossa Sra. do Caravaggio, Dom Jaime me deu uma nova missão nomeando-me pároco da Paróquia São Martinho no dia 12 de janeiro de 2020.

    É uma alegria voltar para a Paróquia São Martinho, mas também um grande desafio. Depois de 50 anos de Pe. Ladislau Molnár a frente da Paróquia São Martinho, eu vir como seu sucessor neste segmento, com tudo o que ele fez e construiu, é uma grande responsabilidade. Hoje em dia só a presença dele, qualquer palavra e gesto que ele faz causa um grande impacto. Parafraseando Bento XVI, depois do grande Pe. Ladislau, Dom Jaime resolveu nomear um humilde trabalhador da vinha do Senhor, mas Deus sabe trabalhar com instrumentos frágeis, isso me consola.

    Eu estou aqui para servir a Deus, fazer a sua vontade acima de todas as coisas, quero trabalhar junto com vocês na Paróquia São Martinho e também com toda a Fraternidade na qual eu cresci e vi crescer. Sei que trabalhar na Paróquia São Martinho e na Fraternidade é uma missão muito grande, é como nadar no mar, não tem bordas. Por isso, conto com a oração e paciência de todos vocês, que me ajudem a ser um padre melhor para eu poder auxiliá-los no caminho a santidade”.

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